A NOTÍCIA VERDADE EM PRIMEIRA MÃO

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sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

FALEMOS DE JESUS SEM FANATISMO...


MESTRE JESUS



Antes de mais nada, gostaria de deixar bem claro a todos os que lerem esta página, que acho a vida e obra de Jesus simplesmente o máximo. Aprendi a ver a história Dele com outros olhos, desde que assisti o file "A última tentação de Cristo". Filme que por sinal, recomendo. Vi umas quatro vezes, e cada vez que reassisto consigo descobrir coisas novas. A história aqui exposta, é fruto de coleta de alguns livros e revistas, não querendo eu ser a dona da verdade. Um esboço de suposições, visto que ninguém sabe a história Dele ao certo. Onde teria passado Ele dos 13 aos 30 anos? Acredito que ninguém tenha essas respostas, e como objetivo desta home page como um todo, venho aqui também, através da história de Jesus incentivar a busca, a dúvida, o questinamento. Não apresento provas, apresento apenas uma história contada por diversas pessoas de diversas maneiras diferentes, cada uma com sua versão própria e verdadeira. Volto a deixar claro: trago dúvidas, questionamento e busca. Afinal, quem sou eu para deter as verdades da história e vida de ser tão iluminado quanto Ele? Independente de religião, sua história é linda! E merece ser contada. Mesmo que deturpada ou questionada. Por favor, não me enviem e-mails dizendo que isto ou aquilo está errado, pois não corresponde à verdade. NINGUÉM detém essa verdade. Nem eu.



Filho de José, o carpinteiro, e de Maria, Jesus passou sua infância como as demais crianças, sobressaindo todavia, pela extrema bondade e inteligência. Sua vida é conhecida até os 12 anos e, posteriormente ao iniciar Seu apostolado. O período compreendido entre essas duas fases permaneceu ignorado, sem qualquer informação documentada. Segundo opinião de vários autores, teria Ele passado esse tempo entre os Essênios, um pequeno grupo de homens que vivia as margens do Mar Morto, e cujas colônias estendiam-se até o Nilo. No meio da corrupção que imperava, os essênios conservavam a tradição dos Profetas e o segredo da Pura Doutrina. De costumes irrepreensíveis, moralidade exemplar, pacíficos e de boa fé, dedicavam-se ao estudo espiritualista, à contemplação e à caridade, longe do materialismo avassalador. Supõe-se que Jesus teria sido iniciado por eles. Consta que a imposição de mãos, tão empregada em Suas curas, tenha sido aprendida com os essênios. Completado ao aprendizado entre os essênios, submeteu-se ao batismo público de João Batista, para testemunhar um ato de humildade e respeito para com o Profeta que ousava enfrentar a ira do poder constituído, a fim de despertar o povo de Israel da letargia. Esse foi o início de Seu apostolado, dedicado a colocar os Mistérios ao alcance do simples, traduzindo-lhes a Doutrina de Deus. Algumas vezes Jesus resumia as verdades eternas em imagens tão brilhantes e grandiosas que nem mesmo os intelectivos conseguiam compreendê-Lo. Deixava, entretanto, para a posteridade essas maravilhosas concepções, como sementes que germinaram na consciência de uma humanidade mais evoluída. Os que não atingiam Seu raciocínio eram arrebatados pelos apelos ao coração. O que Ele classificava de "Pregar o Evangelho do Reino dos Céus aos humildes" era colocar ao alcance de todos, fosse pela razão ou pelo amor, o entendimento das Leis Divinas. Enquanto elucidava os aptos, indicava aos menos dotados o caminho. Seu fardo foi tão pesado, e Ele amou tanto ao Pai e aos homens, deixando transparente tal fato, como em passagens semelhantes à esta, na qual Ele pergunta à Judas se este trairia seu Mestre. E Judas reponde que não. Ele se vira, e com os olhos cheios de amor diz: "Porisso Eu fiquei com a parte mais fácil, a Cruz.".




Dos treze aos trinta


A igreja até hoje não consegue explicar a ausência de Jesus nesse período. Na origem das Medidas (Qabalah) há uma passagem projetando luz sobre a iniciação de Jesus, como adepto e mártir. Diz assim: "Lemos no Evangelho de São Mateus(27:46) - Eli, Eli, Lama Sabachtani, isto é, "Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?" Esta versão foi tomada do manuscrito original grego. Aquilatando seu significado, descobriram que seu significado precisamente é o oposto ao admitido, pois a frase significa: "Deus meu, Deus meu, como me glorificaste!" Tais palavras costumavam ser pronunciadas por iniciados depois das terríveis provas de Iniciação. Jesus pregou a doutrina secreta, e secreto naquele tempo significava: Mistérios da Iniciação, repudiados e desfigurados pela igreja. Entre os essênios, acreditava-se (na época de Cristo) que estaria próxima a vinda do Messias. O nome desse Messias, aparece como um certo Assef. Em várias passagens do Velho Testamento, nos livros das Crônicas, Neemias e Esdras, Assef aparece como alguém que viveu no tempo do Rei Salomão e teve importante papel na recondução dos judeus ao caminho da fé, num período de igual turbulência como o do século II a.C. O Mestre Verdadeiro morreu crucificado. As circunstâncias de sua morte o aproximam da figura de Jesus, ambos mortos pelas mãos dos romanos, após viverem voltados para a propagação da palavra de Deus. Na cidade de Srinagar, em Cachemir (Índia), se encontra o sepulcro de um homem chamado Yuz-Assef. Em meio a muitos túmulos de muçulmanos, cujo costume é enterrar seus mortos em sepulturas situadas no sentido norte-sul, Yuz-Assef se acha enterrado na direção leste-oeste, um costume judeu. Pouco se sabe sobre este homem e sua vinda para a Ásia é uma incógnita. Teria ele sido o Mestre Verdadeiro? Que implicações o teriam levado para tão longe? Não há documento algum comprovando a estada de Jesus em meio aos essêniso, entretanto seus atos são típicos de quem foi iniciado na seita. Sua estadia no deserto, as provações diante de Satanás, os prolongados jejuns e até o ritual de repartir os alimentos (a Última Ceia) coincidem com os procedimentos de um essênio de alto grau iniciático. Segundo o jornalista russo Nicolas Notovitch, em seu livro "A vida desconhecida de Jesus Cristo", Jesus teria deixado a casa dos pais secretamente, saindo de Jerusalém e com uma caravana de mercadores, teria viajado para o Oriente a fim de se aperfeiçoar na "Palavra Divina". Teria estudado os Vedas e pregado junto aos brâmanes durante seis anos. Após alguns conflitos, pois pregava as castas inferiores também, teria deixado o Himalaia e viajado para o Ocidente, regressando a Palestina aos 29 anos de idade. O jornalista russo afirma ter encontrado documentos sobre a passagem de Jesus por um mosteiro de Himis, em Lassa, capital do Tibet. Em 1894 publicou os versículos que supostamente lhe foram lidos, traduzidos por seu intérprete, no livro de nome "A vida de Santo Issa - o melhor dos filhos dos homens". Issa seria o nome oriental de Jesus.




Por trás da história oficial


Embora o livro "Jesus the Man", da australiana Barbara Thiering não fale de coisas propriamente inéditas sobre a vida de Cristo, ele dá uma nova interpretação a diversos incidentes relatados nos Evangelhos. A família de Cristo seria descendente de judeus, observando filemente suas leis religiosas. Porisso tratou de dois importantes detalhes: mandou circuncidar o menino aos 8 dias e apresento-o no Templo com a idade de 12 anos. Em Marcos (8:1/9) e Mateus(15:28/38) lemos que uma multidão composta de 4 mil pessoas que acompanhavam Jesus não havia comido e tinha fome. Penalizado com o fato, Ele teria multiplicado alguns pães e peixes, e mandou distribuir ao povo. Segundo a interpretação de Bárbara, os pães não seriam alimentos materiais. Representavam na verdade, os ensinamentos ministrados por Jesus, que nutria seus ouvintes espiritualmente. A mesma coisa no caso da água transformada em vinho. Segundo os Evangelhos, Maria era virgem. Em Jesus the Man, Bárbara afiram que Ele foi gerado como qualquer ser humano, tendo irmãs e irmãos, chegando até a se casar com Madalena, levando uma vida normal e comemorando a união nas Bodas de Canaã. E se Maria Madalena não era a esposa de Jesus, como explicar que após Sua crucificação ela e Maria foram ao sepulcro onde Seu corpo jazia, provavelmente para reclamá-lo? Além de Bárbara Thiering, diversos outros pesquisadores concluíram que Cristo não morreu na cruz e mostram o por quê. As pessoas crucificadas levavam de 30 à 40 horas para morrer, mas Jesus teria morrido entre 3 e 6 horas após o início de seu martírio. A explicação para isso seria que lhe deram um anestésico ou um veneno para encurtar seu sofrimento. A substância porém, não o matou. Ele simplesmente desfaleceu e foi tirado da cruz. Essa "morte" rápida surpreendeu as próprias autoridades, como se vê em Marcos (15:44): "E Pilatos se maravilhou de que já estivesse morto..." Após ser retirado da cruz, Jesus teria sido levado a uma caverna, onde voltou a si. Foi então transferido para um santuário e, após recuperar-se, deu continuidade à sua obra, chegando até a mudar para outro país. Ao que tudo indica, faleceu com 70 anos de idade. Seja como for, estejam ou não corretas as interpretações de Bárbara ou de outros autores a respeito da vida de Cristo, o fato é que sua vida continua, até os dias de hoje, sendo além de fascinante,um exemplo de justiça, amor, fraternidade, paz e união, mostrando o caminho que devemos percorrer para evoluir e alcançar níveis mais elevados. A mim, pelo menos em particular, é claro que fica a vontade de saber a verdade. Mas sinceramente, não faria diferença alguma. Não mudaria em nada o caráter,a força,a garra e o amor maravilhosos que existiram dentro deste Homem.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

OS MORADORES DO CONJUNTO MEDEIROS NETTO HÁ DEZ ANOS PEDE SOCORRO,MAS O PODER PÚBLICO NUNCA OUVIU...


Quando disseram que havia uma empresa contratada para fazer a troca dos canos colocadois pelos moradores,e que agoara o sistema de canalização da casal iria funcionar,e que após a conclusão do serviço viria o calçamento e o sitema de saneamento,os moradores do Conjunto Medeiros Netto alegraram-se.Claro!Há dez anos que se espera por alguma "coisa"naquela localidade! Acreditem,é a pior área de Traipu.A empresa escavou,colocou alguns canos,mas como era de se esperar,não concluíu o serviço.Há mais de dois meses,que a referida empresa parou,e deixou de presente,o que o caro leitor vê na foto:valas abertas!Gostaria de lembrar ao poder público constituído em Traipu,que esta terra é um ponto turístico,é uma cidade barrôca,é uma cidade histórica.Porque esse descaso com os moradores do conjunto medeiros netto?Será que a cidade é somente a orla,a parte central?...Não,senhores,Traipu é um todo,Traipu é amada pór todos nós,e os moradores daquela localidade não merecem conviver com mosquitos se proliferando nos esgotos,convivência diária com o mal cheiro das pocilgas e, um lixão a céu aberto."Peraí",senhores,aqueles humildes moradores não são animais...Ou para os senhores são?...



O conjunto "Habitacional"Antônio de Medeiros Netto,foi construído há mais de dez anos.Construído,vale salientar,pois concluído,nunca foi.Há mais de dez anos os populares daquela localidade esperam por um sistema de canalização de água,pois toda rede de canos foi colocada pelos moradores.Saneamento básico nunca existiu,pois o caro leitor pode ver,que não é inverdade,a fotografia está aí.O povo quer soluçao para os problemas,pois de boas inteções,dizem que o inferno está lotado.O povo de Traipu não merece este tratamento.Vale salientar,que este BLOG não tem caráter partidário,estamos simplesmente de ÔLHO!!!Enquanto houver coisas desta natureza,este noticiário eletrônico irá mostrar ao mundo.Tudo bem,pode ser que não resolva...MAS MOSTRAREMOS SEMPRE!!!



Olha aí as "benfeitorias"do poder público da cidade de Traipu.Isto mesmo,pois se sou eu o chefe da minha família,e no meu âmbito familiar acontece algo errado,sou eu que tenho toda a culpa,pois pior ainda seria se eu fizesse vista grossa.Mas o que é isso,meu DEUS,uma pocilga entre os moradores...Isto é inadmissível,o povo que mora naquela comunidade não são porcos para conviverem com tais animais.É esta a melhoria que é dispensada aquela gente?É essa a melhoria que o Conjunto Antônio de Medeiros Netto recebe do poder público de Traipu?...


Se não fosse trágico e imoral,seria coisa para arrancar risos das pessoas.Isto é uma tremenda maldade,isto é criminoso,isto é vergonhoso.Gente,esta pocilga encontra-se há pocos metros das casas de moradia.Quando olha-se deste ângulo,parece uma comunidade com seres humanos morando.Mas não,meu caro leitor,alí é uma grande pocilga com mais de duzentos porcos.Esta fotografia é somente uma parte deste criatório,pois este registro foi feito de uma pedra que é grande conhecida dos traipuenses:Morro do urubu.A pocilga rodeia toda a pedra.Será que a secretaria estadual de saúde ainda não tomou conhecimento?Será que o poder público não sabe o que é uma pocilga comunitária?...



Este lixão fica próximo às humildes moradias dos moradores do Conjunto Medeiros Netto.Isto é uma é uma vergonha para o poder público,e é uma maldade para o povo que mora naquele localidade,pois eles esperam por melhorias no conjunto há mais de dez anos,e o que ganham é um lixão,onde crianças se misturam ao lixo.E para se ter uma idéia do caos,uma limpadora de fossa despeja seus dejetos naquele local...

ESTE BLOG ESPERA QUE ALGUÉM DO PODER PÚBLICO CONSTITUÍDO EM TRAIPU,DEIXE UM COMENTÁRIO QUE POSSA VIR A EXPLICAR,OU ATÉ MESMO DAR MAIS UMA ESPERANÇA AQUELES MORADORES...

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O Pote de Água Quebrado...


Um carregador de água na Índia tinha dois potes largos, cada qual era carregado na extremidade de uma haste colocada em seu pescoço. Um dos potes tinha uma fenda, enquanto o outro estava em perfeito estado e sempre estava cheio ao final da longa caminhada, do rio até a casa do Mestre, enquanto o pote quebrado chegava apenas com a metade de água.
Isto aconteceu por dois anos inteiros, com o carregador entregando apenas um pote e meio de água na casa de seu Mestre.
Com certeza, o pote perfeito estava orgulhoso, pois era perfeito naquilo para qual havia sido construído. Mas o pobre pote quebrado estava envergonhado por sua fenda, a qual permitia que ele cumprisse apenas a metade de suas obrigações.
Após dois anos de ter percebido a amarga fenda, ele disse ao carregador na beira do rio. "Eu estou envergonhado de mim mesmo, e gostaria de lhe pedir desculpas."
"Por quê?" perguntou o carregador. "Do que você está envergonhado?"
"Eu fui capaz, nestes dois últimos anos, de carregar apenas metade de minha carga, pois a fenda que tenho em minha borda faz com que a água caia por todo o caminho de volta para a casa de seu Mestre. Por causa de minha falha, você tem todo esse trabalho, mas não vê seus esforços reconhecidos.", disse o pote.
O carregador de água sentiu pena do velho pote quebrado, e em sua misericórdia, disse, "Quando nós retornarmos para a casa do Mestre, quero que você repare nas lindas flores pela estrada." Realmente, enquanto eles voltavam pelo campo, o velho pote quebrado prestou atenção no sol aquecendo as lindas flores selvagens ao lado da estrada, e isto encoraja a qualquer um.
Mas ao final do caminho, o pote voltou a se sentir triste, pois havia perdido metade de sua água, e pediu desculpas novamente ao carregador.
O carregador disse ao pote, "Você reparou que só haviam flores no seu lado da estrada, e não do lado do outro pote? Isto porque eu sempre soube de sua fenda, e soube aproveitar isto. Eu joguei sementes de flores do seu lado da estrada, e todo dia, enquanto caminhávamos de volta do rio, você as regou. Por dois anos eu pude colher estas flores para enfeitar a mesa de meu Mestre. Se você não fosse do jeito que é, o Mestre jamais teria esta beleza para adornar sua casa."

Moral: Cada um de nós temos nossas próprias falhas. Cada um de nós somos um "pote quebrado", mas cada uma destas falhas e fendas é que nos faz viver juntos, de forma tão atraente e interessante. Você apenas tem que aceitar as pessoas como elas são, e procurar nelas o que há de melhor.
Exite muita coisa boa lá fora.

E existe muita coisa boa em você também!

Carta de um Bebê para sua Mãe



Oi mamãe, tudo bom? Eu estou bem, graças aos Deuses, faz apenas
alguns dias que você me concebeu em sua barriguinha. Na verdade, não posso
explicar como estou feliz em saber que você será minha mamãe. Outra coisa que me
enche de orgulho é ver o amor com que fui concebido.Tudo parece indicar que
eu serei a criança mais feliz do mundo!
Mamãe, já se passou um mês desde que fui concebido e já começo a
ver como o meu corpinho começa a se formar, quer dizer, não estou tão lindo
como você, mas me dê uma oportunidade! Estou muito feliz! Mas tem algo que me
deixa preocupado... Ultimamente me dei conta de que há algo na sua cabeça
que não me deixa dormir, mas tudo bem, isso vai passar, não se desespere.
Mamãe, já se passaram dois meses e meio, estou muito feliz com minhas novas mãos e tenho vontade de usá-las para brincar..Mamãezinha me diga o
que foi?
Por que você chora tanto todas as noites?? Porque quando você e o papai se encontram, gritam tanto um com o outro? Vocês não me querem mais
ou o que?
Vou fazer o possível para que me queiram...
Já se passaram 3 meses, mamãe, te noto muito deprimida, não entendo
o que está acontecendo, estou muito confuso. Hoje de manhã fomos ao
médico e ele marcou uma visita para amanhã. Não entendo, eu me sinto muito bem... por acaso você se sente mal mamãe?
Mamãe, já é dia, onde vamos? O que está acontecendo mamãe??
Porque chora?
Não chore, não vai acontecer nada...
Mamãe, não se deite, ainda são 2 horas da tarde, não tenho sono,
quero continuar brincando com minhas mãozinhas. Ei!!! O que esse tubinho está fazendo na minha casinha?? É um brinquedo novo?? Olha!!!!! Ei, porque estão sugando minha casa?? Mamãe!!! Espere, essa é a minha mãozinha!!!
Moço,
porque a arrancou?? Não vê que me machuca?? Mamãe, me defenda!!!!
Mamãe, me ajude!!!
Não vê que ainda sou muito pequeno para me defender sozinho??
Mãe, a minha perninha, estão arancando!!! Diga para eles pararem, juro a você que vou me comportar bem e que não vou mais te chutar. Como é possível que um ser humano possa fazer isso comigo?
Ele vai ver só quando eu for grande e forte.....ai.....mamãe, já não
consigo mais....ai.... mamãe, mamãe, me ajude....
Mamãe, já se passaram 17 anos desde aquele dies, mamãe, te noto muito deprimida, não entendo
o que está acontecendo, estou muito confuso. Hoje de manhã fomos ao
médico e ele marcou uma visita para amanhã. Não entendo, eu me sinto muito bem... por acaso você se sente mal mamãe?
Mamãe, já é dia, onde vamos? O que está acontecendo mamãe??
Porque chora?
Não chore, não vai acontecer nada...
Mamãe, não se deite, ainda são 2 horas da tarde, não tenho sono,
quero continuar brincando com minhas mãozinhas. Ei!!! O que esse tubinho está fazendo na minha casinha?? É um brinquedo novo?? Olha!!!!! Ei, porque estão sugando minha casa?? Mamãe!!! Espere, essa é a minha mãozinha!!!
Moço,
porque a arrancou?? Não vê que me machuca?? Mamãe, me defenda!!!!
Mamãe, me ajude!!!
Não vê que ainda sou muito pequeno para me defender sozinho??
Mãe, a minha perninha, estão arancando!!! Diga para eles pararem, juro a você que vou me comportar bem e que não vou mais te chutar. Como é possível que um ser humano possa fazer isso comigo?
Ele vai ver só quando eu for grande e forte.....ai.....mamãe, já não
consigo mais....ai.... mamãe, mamãe, me ajude....
Mamãe, já se passaram 17 anos desde aquele dia, e eu daqui de cima observo como ainda te machuca ter tomado aquela decisão. Por favor, não
chore, lembre-se que te amo muito e que estarei aqui te esperando com
muitos
abraços e beijos.
Te amo muito!!
Seu bebê.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

A CACIMBA...


Tá vendo aquela cacimba
lá na bêra do riacho,
im riba da ribanceira,
qui fica, assim, pru dibáxo
de um pé de tamarinêra.

Pois, um magóte de môça
quage toda manhanzinha,
foima, assim, aquela tuia,
na bêra da cacimbinha
prá tumar banho de cuia.

Eu não sei pru quê razão,
as águas dessa nacente,
as águas que ali se vê,
tem um gosto diferente
das cacimbas de bêbê...

As águas da cacimbinha
tem um gôsto mais mió.
Nem sargada, nem insôça...
Tem um gostim do suó
do suvaco déssas môça...

Quando eu vejo éssa cacimba,
qui inspio a minha cara
e a cara torno a inspiá,
naquelas águas quiláras,
Pego logo a desejá...

... Desejo, prá quê negá?
Desejo ser um caçote,
cum dois óio dêsse tamanho
Prá ver aquele magóte
de môça tumando banho!

Poema de:Zé da Luz.

É CRIME NÃO SABER LER...


CONFISSÃO DE CABÔCO

Seu duotô, sou criminoso.
Sou criminoso de morte.
Tou aqui pra mim intregá.
Voimicê fique sabendo:
- Quando a muié traz a sorte
De atraiçoá o isposo
Só presta para se matá.

Nunca pensei, seu doutô
Qui a mão nêga do distino,
Merguiasse as minhas mão
No sangue dos assarcino!

Vô li pidí um favô
Ante de vossamercê
Mim butá daqui pra fora:
- É a licença do doutô
Pr'eu li contá minha histora.

Sinhô dotô delegado,
Digo a vossa sinhuria
Qui inté onte fui casado
Cum a muié qui im vida
Se chamô ROSA MARIA.

Faz dez mês qui se gostemo,
Faz oito qui fumo noivo
Faz sete qui nós casêmo.

Nós casêmo e nós vivia
Cuma pobre, é verdade,
Mas a gente se sentia
Rico de filicidade!

Pras banda qui nós morava,
No lugá Chã da Cutia,
Morava tombém um cabra
Chamado Chico Faria.

Esse cabra, antigamente,
Tinha gostado de Rosa,
Chegaro, inté a sê noivo,
Mas num fizero a "introza"
Do casamento, prumode
Mané Uréia de bode,
Qui era padrim de Maria
Tê dismanchado essa prosa.

Entoce, o Chico Faria,
Adispois qui nós casêmo,
In cunversa, as vez dizia,
Qui ainda mi dava fim
Pra se casá cum Maria.

Dessa coisa eu sabia,
Mas nunca dei importança.

Tinha toda cunfiança
Na muié qui eu tanto amava,
Ou mais mió, adorava...
Cum toda a minha sustança!

Dispois disso, o meu custume
Era vivê trabaiando
Sem da muié tê ciume.

A muié pru sua vez
Nunca me deu cabimento
Deu pensá qui ela fizesse
Um dia um farcejamento.

Mas, seu doutô, tome tento
No resto da minha histora,
Qui o ruim chegô agora:

Se não me farta a mimora,
Já faz assim uns três mêis,
Qui o cabra, Chico Faria,
Todo prosa, todo ancho,
Quage sempre, mais das vêz,
Avistava o meu rancho.

Puralí, discunfiado
Como quem qué e não qué,
Eu fui vendo qui o marvado
Tentava a minha muié.

Ou tentação ou engano,
Eu fui vendo a coisa feia!
Pru derradêro eu já tava
C'a mosca detrás da uréia.

Os tempo foi se passando
E o meu arriceiamento
Cada vez ia omentano.

Seu dotô, vá iscutano:

Onte, já de tardezinha
O meu cumpade, Quinca Arruda,
Mi chamô pra nós dança
Num samba - lá na Varginha,
Na casa do mestre Duda.

Mestre Duda é um cabôco,
Um tocado de premêra.
É o imboladô de côco
Mió daquela rebêra.

Entonce Rosa Maria,
Sempre gostou de samba,
Mas, porém, de tardezinha
Me disse discunfiada,
Qui pru samba ela não ia,
Qui tava munto infadada,
Percisava se deita...

Eu fiquei discunfiado
Cum a preposta da muié!

Dispois qui tomei café,
Cuage puro sem mistura,
Cum a faca na cintura
Fui pru samba, fui sambá.

Cheguei no samba, dotô.
Repare agora, o sinhô,
Quem era qui tava lá?

O cabra Chico Faria.
Qui quano foi me avistando,
Foi logo mi preguntando:
- Cadê siá dona Maria,
Num veio não, pra dançá?

- Não sinhô. Ficô im casa.
Pru cabôco arrispondí.

Senti, entonce uma brasa
Queimano meu coração,
Nunca mais pude tirá
As palavra desse cabra
Da minha maginação.

Perdí o gosto da festa
E dançá num pude não.

O cabra, pru sua vez
Num dançava, seu doutô.
De vez im quando me oiva
Cum um oiá de traidô.

Meia noite, mais ou meno,
Se dispidino do povo
Disse: - Adeus, qui eu já vô.

Quando ele se arritirô,
Eu tombem me arritirei
Atraiz dele, sim sinhô.
Ele na frente, eu atrais.
Se o cabra andava ligêro,
Eu andava munto mais!

Noite iscura qui nem breu!

Nem eu avistava o cabra,
Nem o cabra via eu!

Sempre andando, sempre andando.
Ele na frente, eu atrais.

Já nem se iscutava mais
A voz do fole tocando
Na casa do mestre Duda!

A noite tava mais preta
Qui a cunciênça de Judá!

Sempre andando, sempre andando.
Eu fui vendo, seu doutô,
Qui o marvado ia tumando
Direção da minha casa!

Minha casa!... Sim sinhô!

Já pertinho, no terrero
Eu mim iscundí pru detraiz
De um pé de trapiazêro.

Abaixadim, iscundido,
Prendi a suspiração,
Abri os óio, os ouvido,
Pra mió vê e ouvi
Qua era a sua intenção.

Seu doutô, repare bem:

O cabra oiando pra traiz,
Do mermo jeito, qui faiz
Um ladrão pra vê arguém,
Num tendo visto ninguém,
Na minha porta bateu!

De lá de dentro uma voiz
Bem baixim arrispondeu...

Ele entonce, cá de fora:

- Quem ta bateno sou eu!

De repente abriu-se a porta!

Aí seu doutô, nessa hora
A isperança tava morta,
Tava morto o meu amô...

No iscuro uma voiz falô:

- Taqui, seu Chico, essa carta,
Qui a tempo tinha iscrivido
Pra mandá pra voismicê.
Pru favô num leia agora,
Vá simbora, vá simbora,
Qui quando chegá im casa
Tem munto tempo pra lê.

Quando minhas oiça ouviu,
As palavra qui Maria
Dizia pru disgraçado,
Eu fiquei amalucado,
Fiquei quage cuma loco,
Ou mio, cumo um cabôco
Quando ta chêi de isprito!

Dum sarto, cumo um cabrito,
Eu tava nos pés do cabra
E sem querer dei um grito:

- Miserave! E arrastei
Minha faca da cintura.

Naquela hora dotô,
Eu vi o Chico Faria,
Na bêra da sipurtura!

Mas o cabra têve sorte.

Sempre nessas circunstança
Os home foge da morte.

Correu o cabra, dotô
Tão vexado, qui dêxou
A carta caí no chão!

Dei de garra do papé,
O portadô da traição!

Machuquei nas minha mão,
A honra, douto, a honra
Daquela farsa muié!

Dispois oiando pra carta
Tive pena, pode crer,
De num tê prindido a lê.
Nas letra alí iscrivida
O qui dizia Maria
Pru marvado traidô.

Tive pena, sim sinhô.
Mas, qui haverá de fazê
Se eu nunca prindí a lê?

Maria mi atraiçuô!

Essa muié qui um dia,
Juêiada nos pé do artá
Jurou im nome de Deus
Qui inquanto tivesse vida,
Haverá de mim honrá
E mim amá cum todo amo.

Cum perdão do seu doutô.

Quando eu vi a miserave
Na iscurideza da noite
Dos meu oio se iscondê
Sem dêxá nem sombra inté
Entrei pra dentro de casa
Pra mi vingá da muié.

Douto, qui hora minguada!
Maria tava ajuêiada,
Chorando, cum as mão posta
Cumo quem faz oração.
Oiando pra eu pedia,
Pelo cali, pela osta,
Pru Jesus crucificado,
Pelo amo qui eu li amava
Qui num fizesse isso não.

Eu tava, doutô, eu tava
Cego de raiva e paixão.

Sem dizê uma palavra,
Agarrei nas suas mão,
Levantei ela pra riba
E interrei inté o cabo,
O ferro da parnaíba
Pru riba do coração!

Sarvei a honra, doutô,
Sarvei a honra, apois não!

Dispois qui vi a Maria
Caí sem vida no chão,
Vim fala cum vosmicê,
Vim cunfessá o meu crime
E mim intregá as prisão.

Se o sinhô num acredita
Se eu sô criminoso ou não,
Tá aqui a faca assarcina
E o sangue nas minhas mão.

Cumo prova da traição,
Tá aqui a carta, doutô.

Li peço um grande favô:

Ante de vossa-sinhuria
Mi mandá lá para prisão
Me lêia aqui essa carta
Pr'eu sabê cumo Maria
Perparava essa trição!

A CARTA

"Seu Chico:

Chã da Cutia.

Digo a vossa senhoria
Que só lhe escrevo essa carta
Pru senhor ficar sabendo
Que eu não sou a mulher
Que o senhor tá entendendo.

Se o senhor continuar
Com os seus disbiques atrevidos
O jeito que tem é contar
Tudo, tudo a meu marido.

O senhor fique sabendo
Que com seu discaramento,
Não faz nunca eu quebrar
O sagrado juramento
Que eu jurei nos pés do altar,
No dia do casamento.

Se o senhor é inxirido,
Encontrou u'a mulher forte,
O nome do meu marido
Eu honro até minha morte!

Sou de vossa senhoria,

Sua criada.

MARIA."

- Doutô! Doutô mi arresponda
O qui é qui eu tô ouvindo?
Vosmicê leu a carta,
Ou num leu, ta mi inludindo?

- Doutô! Meu Deus! Seu doutô,
Maria tava inucente?
Me arresponda pru favo!

Inocente! Sim, senhor!

Matei Maria inucente!

Pru que, seu doutô, pru que?

Matei Maria somente
Pruque num aprendi a lê!

Infiliz de quem num leu
Uma carta de ABC.

Magine agora o doutô,
Quanto é grande o meu sofrê!

Sou duas veiz criminoso,
Qui castigo, seu doutô!

Qui mizera! Qui horrô!
Qui crime num sabê lê!


Poema de:Zé da Luz.

Para refletir:O MONGE E O ESCORPIÃO...


Monge e discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora, o bichinho o picou e, devido à dor, o homem deixou-o cair novamente no rio.

Foi então a margem tomou um ramo de árvore, adiantou-se outra vez a correr pela margem, entrou no rio, colheu o escorpião e o salvou. Voltou o monge e juntou-se aos discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.

- Mestre, deve estar doendo muito! Porque foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda! Picou a mão que o salvara! Não merecia sua compaixão!

O monge ouviu tranqüilamente os comentários e respondeu:
- Ele agiu conforme sua natureza, e eu de acordo com a minha.

Esta parábola nos faz refletir a forma de melhor compreender e aceitar as pessoas com que nos relacionamos. Não podemos e nem temos o direito de mudar o outro, mas podemos melhorar nossas próprias reações e atitudes, sabendo que cada um dá o que tem e o que pode. Devemos fazer a nossa parte com muito amor e respeito ao próximo. Cada qual conforme sua natureza, e não conforme a do outro.


Texto enviado por Ana Paula Santos

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

TER FÉ,É UMA COISA,SER FANÁTICO, É OUTRA COISA BEM DIFERENTE...


RELIGIÃO E FANATISMO
Por: Maria Clara Lucchetti Bingemer

O fanático, segundo a definição do dicionário é aquele ou aquela que se considera inspirado por uma divindade, iluminado pelo espírito divino. É ainda aquele que tem zelo religioso cego, excessivo e intolerante. Aquele, portanto, que adere cegamente a uma doutrina, a um partido; que é partidário exaltado e faccioso. Aquele, ainda que tem dedicação, admiração ou amor exaltado a alguém ou algo. E por fim, acrescenta o dicionário: é alguém entusiasmado, apaixonado.
O fanático se exprime no transporte do furor divino. A infinitude de um deus escolheu sua finitude humana para fazer ressoar no mundo uma verdade soberana. Reduzindo-se a nada, anulando-se em seus desejos e aspirações para ser porta-voz deste Deus, o fanático corre o risco de olhar os outros com os mesmos olhos inclementes e frios com os quais se olha a si mesmo. E pode ver com frieza e indiferença a anulação daqueles que não partilham seus sentimentos. E como acredita que nele se encarna a mensagem divina, para ser digno de algo tão elevado, exige de si mesmo uma renúncia aos prazeres de ser humano e só pode voltar-se para os rigores mais desumanos. O fanatismo converte muitas vezes, portanto, o ser humano em um espírito que se arranca do corpo e da terra para melhor governa-los em nome do céu.
Wilhelm Reich já denunciou os estragos causados por esta inclemência que reprime e esmaga os desejos legítimos do corpo e da matéria. Existe um puritanismo da ordem que acaba desembocando em desumana crueldade. A pureza da raça exige a grande limpeza dos campos de concentração, a pureza da religião necessita fogueiras e guilhotinas, o gulag salva um certo marxismo de revisões que lhe perturbariam a claridade. Examinando, com um certo recuo no tempo, os conflitos religiosos que levantaram um contra outro justos e injustos em nome da fé e da religião, constata-se aí uma deformação de base que está na raiz do problema. O desprezo do prazer e do gozo como manifestação de vida conduz o indivíduo, tanto quanto a sociedade, a uma esclerose do comportamento que é terreno fértil e propício para o fanatismo e a violência. Se existe e pode existir em cada um uma propensão para o fanatismo ordinário, ela se deve não à natureza humana, mas a sua deformação. Que a ética e o dever sejam irreconciliáveis para alguns indivíduos ou sistemas com o sentimento de felicidade e serenidade indica suficientemente a lacuna do viver que produz a inflação dos valores destrutivos de si e dos outros, que se denominam intransigência, intolerância, inclemência, violência, enfim. Indica, enfim, que o fanatismo não permite contemplar coisa alguma a não ser com os olhos da morte. As três religiões monoteístas, o cristianismo, o judaísmo e o islamismo são consideradas, - a meu ver um pouco precipitadamente, - religiões de conquista. Por isso - afirmam alguns - a violência estaria de uma maneira ou de outra presente dentro da história dessas religiões e mesmo da sua constituição, do seu corpo doutrinário e do seu corpo jurídico.
O fato de serem religiões monoteístas já as torna por si mesmo eivadas de uma certa excludência, pois crer num Deus único significa recusar todos os outros. E essa excludência das demais divindades resultaria na excludência da crença dos outros em suas divindades , o que terminaria resultando em fanatismo e violência com consequênias cruentas e deploráveis. O judaísmo que é o mais antigo de todos os monoteímos foi tendo que se firmar passando por estágios diversos: primeiro o da monolatria, que era a adoção de um Deus único, considerando no entanto como divindades os deuses dos outros povos. Até que depois do exílio da Babilônia e da reforma de Esdras , fincam-se as bases do monoteísmo que vai realmente dar origem depois ao nacionalismo judaico, ao sionismo e a tudo enfim que foi decorrendo desse monoteísmo, o qual tem mesmo características um tanto excludentes, porém muito mais no sentido de legítima defesa e auto-proteção. A concepção do judaísmo monoteísta é, portanto, a de que só esse Deus é Deus, e todos os outros deuses que os outros povos possam adorar são ídolos ou divindades falsas e quem os adora está no erro. Então, toda a tensão que pervade a bíblia judaica é muito mais entre fé e idolatria do que entre fé e ateísmo. O ateísmo não é um problema dos povos antigos. O problema dos povos antigos monoteístas é justamente a idolatria. Não cremos poder confirmar, portanto, a consideração dos monoteísmos como religiões de conquista e excludentes. Poderia, sim, ser afirmado que os monoteísmo devem lidar, administrar sempre uma tensão entre excludência e integração, o que não é fácil nem simples.
Hoje vivemos no tempo do macro ecumenismo, do diálogo inter-religioso. Apesar disso se pode constatar que embora em teoria se tenha muito claras as exigências desse espírito de abertura que o diálogo exige ,tudo muda quando se vai ao exercício mesmo dessa tolerância religiosa, desse escutar o outro diferente. Diferente na sua crença, no exercício da sua religião, na maneira de dize-la e de propor-la. Aí a tentação do fanatismo ronda, o entusiasmo experimentado e que deu sentido à própria vida se universaliza e totaliza, convertendo-se em univoidade excludente das diferenças do outro, que sente e experimenta de outro modo.
Daí para a diabolização do outro, na sua alteridade, a distância é pequena se a vigilância da tolerância não for exercida e exercitada com pertinácia e perseverança. E se o Deus do outro começa a adquirir a forma de um demônio, corremos o risco de encontrarmo-nos a um passo de uma luta de deuses.
Ao longo da história da religião, vários pensadores que marcaram o mundo ocidental levantaram suas vozes para criticar a violência. O processo da violência e a alienação que ele produz é por eles e elas percebido como um processo de reificação, ou seja, de assassinato. Só ao se libertar de toda dominação da força é que o ser humano pode então contemplar os três mistérios da existência: a verdade, a justiça e a bondade.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

NASCI...


Nasci na taba duma tribo tupinambá. Sei que foi numa meia-noite clara. Fazia luar. Minha mãe viu que eu era magro e feio. Ficou triste, mas não disse nada. Meu pai resmungou:- Filho fraco. Não presta para a guerra!Tomou-me então nos seus braços fortes e saiu caminhando comigo para as bandas do mar. Ia cantando uma canção triste. De vez em quando gemia.Os caminhos estavam respingados do leite da lua. O uratau gemeu no mato escuro. Uma sombra rodopiou ligeira por entre as árvores.O mar apareceu na nossa frente: mole, grande, barulhento, cheio de rebrilhos. Meu pai parou. Olhou primeiro para mim, depois para as ondas... Não teve coragem.Voltou para a taba chorando. Minha mãe nos recebeu em silêncio.


Poema de:Érico veríssimo